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O Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC) nasceu como um presente para a população de Belo Horizonte no aniversário de 118 anos da capital mineira, em 2015. Os nove anos de história desse hospital, celebrados em 12 de dezembro, são motivo de orgulho para pacientes e profissionais de saúde.
Com um modelo de gestão pioneiro no país e reconhecido nacionalmente, já são mais de R$ 1,1 milhão de atendimentos na trajetória da saúde de Belo Horizonte e de Minas Gerais. Em média, cerca de 38% dos pacientes atendidos na instituição não são da capital mineira.
Desde a abertura do hospital até novembro de 2024*, foram 113.028 internações, 52.809 cirurgias realizadas, 9.185 atendimentos de acidente vascular cerebral (AVC), 27.207 atendimentos em CTI, 777.811 exames de imagem e 146.035 consultas especializadas. Isso sem contar os 6.439.604 exames laboratoriais.
Os números grandiosos se traduzem também em eficiência na gestão financeira e na qualidade assistencial. “O custo do paciente dia do Hospital Célio de Castro está abaixo da média registrada pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp)”, afirma a diretora executiva do HMDCC, Cristina Peixoto.
O Hospital Célio de Castro é resultado de uma parceria público-privada entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a Opy Health. Ele é, portanto, uma instituição de direito privado, sem fins lucrativos e filantrópico. Sua natureza jurídica é classificada como Serviço Social Autônomo.
A qualidade assistencial é outro diferencial do HMDCC que figura na zona de excelência da pesquisa de satisfação NPS (Net Promoter Score), metodologia adotada ao redor do mundo, com notas superiores a 90% desde que foi implementada em 2021.
Para aperfeiçoar ainda mais a escuta dos pacientes atendidos na instituição, em 2024, foi iniciado o projeto de experiência do paciente com um piloto em dois setores: ambulatório e Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI).
Para isso foi realizado um cálculo amostral estatístico que trouxesse relevância e significado para os dados coletados. No período de 10 de julho a 19 de setembro, foram ouvidos 254 pacientes e 100% das pessoas entrevistadas afirmaram se sentir seguras para retornar ao hospital.
No ambulatório, 100% disseram que foram tratados com cortesia pela equipe da recepção e 97,9% foram tratados com cortesia pela equipe assistencial, 100% se sentiu seguro com o atendimento e 100% sentiu que a equipe estava preparada para o atendimento.
No CDI, 100% afirmaram que foram tratados com cortesia pela equipe assistencial e 94,4% tratados com cortesia pela equipe da recepção. Além disso, 100% se sentiu seguro com o atendimento e 99,4% sentiu que equipe estava preparada para o atendimento.
Muito a comemorar
2024 também foi o ano de incorporar a inteligência artificial (IA) nas evoluções médicas do prontuário eletrônico. Em fase de testes, em breve será possível que a equipe assistencial faça perguntas à IA para o estudo de caso de cada paciente sem que haja necessidade de entrar em cada evolução das categorias profissionais. O resultado é mais tempo disponível para o cuidado à beira leito.
Neste ano, o Hospital Célio de Castro também bateu o seu recorde de consultas no ambulatório. No mês de julho foram 2.281 atendimentos, o que representa um crescimento de 34,17% considerando a média de atendimentos do ano de 2024 que é de 1.700 consultas.
Tema recorrente na instituição, a sustentabilidade financeira cada vez mais chega à linha de frente com a conscientização da equipe assistencial sobre o uso de materiais e medicamentos. Liderada pela equipe gestora que acompanhou de perto o bom uso dos recursos, o HMDCC alcançou R$ 3.304.403 em economia. Esse número representa, por exemplo, 2.282 diárias de pacientes na enfermaria clínica ou 718 cirurgias.
No ensino, o HMDCC sediou um simpósio inédito sobre a doença falciforme com referências nacionais presentes como palestrantes e ouvintes de todo o país. Referência no atendimento a pacientes com anemia falciforme, o hospital foi reconhecido com o ‘Prêmio João Batista – O Amigo da Pessoa com Doença Falciforme’ pela Associação das Pessoas com Doença Falciforme de Minas Gerais (Dreminas).
Na gestão clínica, mais reconhecimento. A aplicação dos modelos ‘Safer’ e ‘Dias vermelhos em verdes’ como estratégia de gestão assistencial em um hospital 100% SUS foi um dos trabalhos selecionados para apresentação ao público do evento, destacando-se entre os três melhores do 5° Congresso Brasileiro de Medicina Hospitalar.
Consolidando sua presença na Rede SUS-BH como um importante serviço de saúde que conta com um time de resposta rápida às necessidades da população, como nos casos da epidemia de dengue, em 2019, e da pandemia de Covid-19 em foi o segundo hospital de Minas Gerais que mais atendeu pacientes com a doença, o HMDCC tem se tornado uma importante referência para a área da saúde pública nacional.
Para se ter uma ideia, em 2023, foram realizadas 35 visitas de benchmark no Hospital Célio de Castro. Em 2024, esse número saltou para 103 com destaque para as demandas de gestores de serviços de saúde de outros Estados do Brasil e do próprio Ministério da Saúde.
As conquistas não param por aí, mas o que mais importa é o reconhecimento dos pacientes.
“Hoje, no aniversário de 9 anos deste hospital, quero expressar minha mais profunda gratidão. Em 2018, fui internada no CTI devido a uma síndrome torácica aguda causada pela anemia falciforme. Durante esse período difícil, fui cuidada por uma equipe excepcional de enfermagem, técnicos, médicos, fisioterapeuta e fonoaudiólogo. A atenção de todos foi fundamental para a minha recuperação. A equipe de limpeza manteve tudo impecável, e a qualidade da alimentação foi surpreendente! O CTI é um ambiente difícil, onde saímos marcados por cicatrizes emocionais. Porém, graças ao cuidado e carinho de todos, pude me recuperar com menos traumas e mais esperança. Quando fui transferida para o quarto, me senti renascer. O ambiente aconchegante e iluminado fez tudo parecer mais belo. Uma lembrança de que estava voltando à vida. Parabéns por 9 anos de dedicação e por fazerem a diferença na vida de tantos pacientes!”
Aryadne Barbosa, 32 anos, estudante de medicina da UFMG.
*FONTES: Tabwin e Sistema de Informação do HMCC | Tasy