Hospital Célio de Castro desenvolve aplicativo que otimiza gestão do cuidado

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A solução do aplicativo web de Gestão Hospitalar desenvolvido pela equipe do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC) é uma potente ferramenta para tomada de decisão que qualifica o atendimento ao paciente, aprimora a assistência multidisciplinar e otimiza a gestão de leitos.

Com o aplicativo, a disponibilidade de dados se expandiu para além dos limites físicos do hospital, permitindo que diretoria, gestores, lideranças e referências técnicas tenham acesso imediato e seguro a informações estratégicas de qualquer lugar.

“Essa ampliação da ferramenta revolucionou a tomada de decisões”, afirma a gerente da linha de cuidado ao paciente clínico, a médica Marina Duarte, que é responsável pelos 240 leitos de enfermaria do HMDCC. Recentemente, ela passou por uma experiência que evidencia a iniciativa bem-sucedida.

Mariana Duarte, gerente da linha de cuidado ao paciente clínico

“Estava fora do Estado e a equipe precisou me acionar em função da urgência em relação à necessidade de uma intervenção cirúrgica em um paciente. Para discutir o caso com o especialista de plantão, precisava conhecer a história clínica do paciente. Pelo celular, acessei as evoluções médicas e consegui, mesmo de longe, propor e discutir com o cirurgião a solução terapêutica mais adequada para aquele caso”, relata.

O aplicativo web foi lançado em dezembro de 2021 e, desde então, vem sendo aprimorado para oferecer novas soluções em gestão hospitalar.

“Inicialmente, o foco do aplicativo estava na taxa da ocupação hospitalar e na otimização da admissão dos pacientes. Agora, progredimos para aprimorar a assistência e a eficiência dos processos hospitalares. O nosso objetivo é facilitar o fluxo de informações entre as equipes para otimizar as decisões relacionadas à gravidade dos pacientes e aos tratamentos individualizados”, afirma o assessor de inovação e tecnologia, Marco Túlio Pereira da Costa.

Coordenadora do Núcleo Interno de Regulação, a enfermeira Raquel Lopes é responsável pela gestão de leitos do HMDCC e pela oferta de vagas para a Rede SUS-BH. “Com a ampliação das informações de gestão hospitalar em tempo real e com fácil acesso conseguimos priorizar as altas e ofertar as vagas com mais agilidade”, exemplifica.

Mais acesso e, principalmente, mais qualidade na assistência prestada. “A evolução do aplicativo permitiu uma visão mais abrangente da operação hospitalar. Possibilitou a implementação de estratégias proativas, de todos os profissionais envolvidos no atendimento das necessidades dos pacientes, fortalecendo também a transdisciplinaridade do cuidado, com tomadas de decisões mais eficazes em tempo real, o que resulta em maior eficiência hospitalar”, explica a diretora executiva, Cristina Peixoto.

Segundo ela, já é possível observar reflexos positivos nos indicadores internos, o que demonstra a preocupação do HMDCC em sempre colocar o paciente no centro do cuidado. “Um aperfeiçoamento na gestão do cuidado e na gestão de leito também permite ampliar a oferta de vagas para a população”, afirma.

Para se ter uma ideia dos desdobramentos do aplicativo, Raquel Lopes cita outro exemplo. “A gente consegue visualizar as internações de longa permanência e seus motivos. Conhecendo com agilidade as pendências, podemos articular com a Rede ou levar a informação para instâncias superiores, fazer as intervenções necessárias e otimizar o giro do leito”, conta.

Outra conquista é a possibilidade de monitoramento contínuo dos alertas de dados de sinais vitais dos pacientes, o que contribui para a identificação precoce de qualquer deterioração clínica. “Isso resulta em intervenções médicas mais rápidas e eficazes”, pontua a diretora executiva do HMDCC, Cristina Peixoto.

Entre os próximos passos de incremento do aplicativo, Marco Túlio Pereira da Costa cita a criação de funcionalidades que possibilitem o acesso aos resultados laboratoriais, de exames de imagens dos pacientes e, daqui alguns anos, o desenvolvimento de uma tecnologia utilizando Inteligência Artificial generativa para a indicação de CID-10 com base na anamnese médica e dados do histórico do paciente.